quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Uso Pedagógico das Planilhas Eletrônicas


As planilhas eletrônicas são instrumentos significativos que auxiliam o processo ensino-aprendizagem, oferecendo opções práticas para a construção de tabelas e gráficos. Os dados organizados nestas planilhas permitem uma leitura de descrição detalhada dos dados facilitando a compreensão dos mesmos.
O uso pedagógico destas planilhas oferece aos educadores novas metodologias de para trabalhar os conteúdos, principalmente da disciplina de matemática, na qual os educandos vão trabalhar com descrição, cálculos e organização de dados para a resolução de situações problemas. O educador também tem a oportunidade de contextualizar as situações problemas a serem resolvidas pelos educandos com o cotidiano dos mesmos. Assim, a aprendizagem tornar-se-á mais significativa e a construção do conhecimento mais eficaz, além de contribuir para a construção da criticidade de autonomia dos mesmos.
Entretanto, essa ferramenta não deve ser utilizada aleatoriamente ou em substituição das aulas do professor, mas seu uso deve ser planejado e seu uso deve ser uma complemento e/ou incremento das aulas do educador como atividade para construção de conhecimento.

Portanto, o uso das planilhas eletrônicas configura-se como importante instrumento pedagógico para o processo ensino-aprendizagem.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A cooperação e o diálogo como meio interdisciplinar para a utilização das tecnologias.


Quando se fala em utilização das mídias e tecnologias educacionais é essencial esclarecer e conscientizar a comunidade escolar sobre a necessidade de trabalhar de maneira interdisciplinar com as tecnologias.
Para que as ferramentas tecnologicas possam ser significativas a aprendizagem dos educandos, o educador precisa planejar aulas e metodologias para que tais ferramentas não se tornem meios recreativos que servem para passar o tempo, tendo em vista que, os alunos por si só já possuem essa visam de recreação sobre os equipamentos tecnologicos. Cabe ao (s) educadore (s) desconstruir esse entendimento que os alunos possuem e dar um significado ao uso das tecnologias no contexto escolar.
Entretanto, para que esse trabalho aconteça, os educadores precisam primeiramente refletir sobre seu seu papel enquanto tal e buscar parcerias com os demais educadores da instituição para que os conteúdos estudados não sejam compartimentados em “gavetas”, ou seja, para que os professores não trabalhem o conteúdo de sua disciplina de forma isolada, mas que possam ser trabalhados de forma contextualizada com as demais disciplinas.
O trabalho cooperativo dos educadores proporciona aos alunos um entendimento completo e contextualizado dos conteúdos escolares, além de se tornarem mais significativos a aprendizagem dos mesmos, tornando o trabalho dos educadores mais harmonioso.
Para que a cooperação se torne possível, é necessário que haja um diálogo entre os educadores, pois, segundo Paulo Freire

o diálogo implica na transformação do mundo. A pronúncia do mundo é um ato de criação e recriação, é um ato de amor (cf. ibid, p. 94). Nas relações de dominação, diálogo e amor estão ausentes. Diálogo é o encontro dos homens para Ser Mais (cf. ibid, p. 97), para construir sua autonomia. Para que a educação promova no educando a autonomia, é essencial que ela seja dialógica, pois assim há espaço para que o educando seja sujeito, para que ele mesmo assuma responsavelmente sua liberdade e, com a ajuda do educador, possa fazer-se em seu processo de formação.”

Portanto, o trabalho docente possuirá maior significação quando for planejado e executado de maneira cooperativa e dialógica, contribuindo assim para um bom êxito na aprendizagem dos educandos promovendo uma interdisciplinaridade dos conteúdos.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O computador poderá substituir o professor?


A tecnologia é algo que vem evoluindo rapidamente. A cada dia surgem inovações tecnólgicas que trazem uma infinidade de informações para os âmbitos da sociedade, inclusive para a escola.Esta, que por sua vez, precisa estar preparada para lidar com esse avanço, pois os alunos chegam a instituição escolar munidos de aparelhos tecnológicos, e, muitas vezes (ou em sua maioria), os educadores são desposvidos de tais equipamentos e/ou não sabe como utilizar esses meios no processo ensino-aprendizagem.
A professora Andrea Cecília Ramal (2000, Apud Muniz, 2012) argumenta que

O computador não veio como ferramenta que interfere ou atrapalha, veio sim para auxiliar nas transformações tão necessárias na atualidade. Aprendendo a manuseá-lo só temos a ganhar pois ele saberá transformar nossas aulas mais interativas em telas coloridas interagindo sons e imagens, fala e escrita. Agora sim com esse avanço tecnológico temos a oportunidade de acabar de vez com as escolas arcaicas. Muros poderão ser derrubados e a conexão com o mundo será realidade no âmbito educacional. Nos é dada a oportunidade de construir uma escola realmente pensante, ativa, conectada, para isso nós professores teremos que deixar para trás o burocrático e vamos tentar construir juntos algo novo em que todos em conexão aprende de maneira recíproca.

O computador e as tecnologias são ferramentas que auxiliam as atividades pedagógicas desenvolvidas na escola, mas os professores precisam estar pré dispostos a planejar sua ação pedagógica a fim de contemplar a utilização de tais ferramentos como estimulo para a atenção do aluno e bom êxito de sua aprendidagem. Do contrário, se os educadores e a escola em geral continuarem a desenvolver atividades fechadas com fim em si mesmas sem contextualizar com o cotidiano dos alunos, como se a escola se limitasse a seus muros, o computador e a internet poderão sim roubar o prestígio do professor e a credibilidade da escola, pois se tornará mais interessante para os alunos utilizar as tecnologias do que assistir uma aula monótona.
Portanto, “Se existe um professor que pode ser substituído por uma máquina, é porque ele realmente merece ser substituído”(Sugata Mitra).

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O novo papel da escola na era digital


Educação Digital é um dos novos papéis da escola na Sociedade da Informação. Sua função é ensinar sobre cidadania, ética, propriedade intelectual, privacidade e segurança online, preparando indivíduos adaptáveis e criativos que lidem facilmente com a rapidez na fluência de informações mas, principamente, cidadãos digitais éticos para um novo mercado de trabalho cujas exigências tendem a ser maiores que as atuais.
Problemas com Orkut, predadores online, crackers, assédio digital, conteúdos inapropriados a menores, desinformação sobre as conseqüências legais do mau uso da Internet, crimes cometidos sob a falsa impressão de anonimato, inabilidade de pensamento crítico quanto a informações falsas e verdadeiras disponíveis na rede, plágio, pirataria, e até uso indevido da marca da instituição são apenas alguns dos assuntos aos quais a escola ainda não está dando a devida atenção.
A Internet, porém, não é uma vilã; é uma aliada. Os educadores devem ser preparados para aproveitar ao máximo os recursos providos pela tecnologia, dentro dos limites legais. Deve-se trabalhar para assegurar que os alunos tenham uma experiência positiva online.
O assédio digital é um exemplo de velha conduta em novo meio, porém com conseqüências ainda mais graves que outrora. Conhecido como cyberbullying, o assédio digital ocorre quando um aluno persegue e humilha ao outro no ambiente digital (blogs, Orkut, mensagens de texto por celular, etc.), o que pode causar muito mais danos que o assédio na vida real, tendo em vista as pessoas serem mais cruéis e frias nos meios digitais. É dever da escola manter uma política contra o assédio digital, bem como instruir adequadamente aos alunos quanto às conseqüências para o assediado e para o assediador.
Em Costa Mesa, na Califórnia, um aluno foi expulso por criar no website MySpace.com uma comunidade chamada “Eu Odeio...”, seguido do nome de uma colega de classe, e incentivar o ódio. Uma de suas mensagens incluía: “Quem aqui quer pegar uma arma e bater na cabeça dela um milhão de vezes?”. Outros 20 alunos foram suspensos por postarem mensagens ameaçadoras e racistas à colega.
Já em Denver, no Colorado, um aluno foi preso por postar fotos em seu perfil na rede de relacionamentos MySpace, nas quais posava com nove rifles. O estudante mostrou as fotos aos colegas que, por sua vez, mostraram aos pais, que, assustados, avisaram à escola. No mesmo dia o adolescente foi suspenso não por ameaça mas por perturbação. A escola achou importante tomar medidas disciplinares, razão pela qual suspendeu o aluno das aulas.
Questionamos a presença da instituição em comunidades Orkut, cuja proibição a menores de 18 (dezoito) anos é explícita desde o momento em que o usuário se cadastra no serviço. Por acaso sua escola já se dedicou a conferir o conteúdo ao qual expõe aos alunos? Nos Estados Unidos, inclusive, os laboratórios de informática e bibliotecas têm simplesmente bloqueado o acesso dos alunos ao site MySpace.com, muito semelhante ao Orkut em termos de popularidade (já que por lá o Orkut não é tão popular como no Brasil). Pensemos: é correto que a escola incentive seus alunos a participarem do Orkut quando com este incentivo estão expondo os menores a conteúdos inapropriados?
Em sites de relacionamento como o Orkut, há milhares de mensagens convidativas a grupos de sexo, o que, dependendo do caso, pode caracterizar crime de pornografia infantil ou exploração sexual, conforme dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente:
“Art. 241. Apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente:
Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1o Incorre na mesma pena quem:
I - agencia, autoriza, facilita ou, de qualquer modo, intermedeia a participação de criança ou adolescente em produção referida neste artigo;
II - assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou imagens produzidas na forma do caput deste artigo;
III - assegura, por qualquer meio, o acesso, na rede mundial de computadores ou internet, das fotografias, cenas ou imagens produzidas na forma do caput deste artigo.
§ 2o A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos:
I - se o agente comete o crime prevalecendo-se do exercício de cargo ou função;
II - se o agente comete o crime com o fim de obter para si ou para outrem vantagem patrimonial.”
É hora de reflexão sobre os perigos aos quais os alunos estão sujeitos na rede. É papel do educador instruir de modo consciente, procurando buscar informações com profissionais da Informática e do Direito sobre os problemas que a Internet pode ocasionar não só ao aluno, mas também em termos de responsabilidade legal por parte da escola, bem como a melhor solução a ser aplicada.
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[1] Os Termos de Serviço do Orkut – embora em inglês – são claros ao afirmar que o site de relacionamentos é vedado aos menores de 18 (dezoito) anos:“eligibility and registration: You must be 18 years or older to use the orkut.com service. By registering for the orkut.com service, you represent and warrant that you are 18 or older and that you have the capacity to understand, agree to and comply with these Terms of Service.”
[2] Lei n• 8069/90.
Por Carolina de Aguiar Teixeira Mendes,
advogada e consultora em Direito e Educação Digital
catm@catm.adv.br
29/06/2006

(Disponível em: http://www.brasilescola.com/educacao/papel-das-escolas-na-sociedade-da-informacao.htm)